O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deu provimento ao recurso do Esmeraldino e assim o devolveu o título conquistado em campo, na sessão desta quinta-feira, dia 16 de julho. A decisão dos sete auditores foi a mesma, de forma unânime.
A sessão no Pleno do STJD teve início às 13h. O julgamento que decidiu o título goiano foi o terceiro a ser julgado e começou por volta às 14h23. O resultado só saiu uma hora e meia depois, com muito debate entre advogados e auditores. Vale lembrar que os dois advogados que defenderam as equipes goianas envolvidas no processo não participaram do processo em Goiás. João Zanforlin, advogado do Corinthians, atuou na defesa do Esmeraldino, enquanto o advogado Mário Bittencourt, que defender o Fluminense no STJD, defendeu desta vez o Dragão.
Antes de entrar no mérito do caso, uma preliminar de tempestividade foi levantada pelo defensor do Atlético/GO, que alegou que o recurso do Goiás não foi feito dentro do prazo correto, já que não tinha o acórdão da primeira decisão quando recorreu da punição no Pleno. Por unanimidade de votos, todos os auditores rejeitaram a preliminar e seguiram para o julgamento do mérito.
Em seguida, a palavra passou aos advogados dos clubes. O primeiro a falar foi o defensor do Esmeraldino, que deu a entender que se o recurso não tivesse sucesso no STJD, o Goiás iria levar o caso à Corte Arbitral dos Esportes, na Suíça. Zanforlin disse ainda que o jogador Everton, pivô de toda a confusão, compriu sua suspensão quando está suspenso preventivamente, inclusive a automática que teria que ter cumprido. Após pedir que o título fosse devolvido ao Goiás, o advogado passou a palavra para o defensor do Dragão. Mário Bittencourt lembrou que o próprio Goiás tinha dúvidas quanto à escalação de Everton, tanto que consultou o Tribunal de Justiça Desportiva de Goiás (TJD/GO).
Antes da votação, o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, afirmou que o título foi conquistado dentro de campo pelo Goiás, levando-se em conta o regulamento do Estadual, e que deveria ser dado provimento ao recurso do clube, lhe devolvendo o título perdido na instância regional da Justiça Desportiva. Na votação, todos os auditores acompanharam o relator do processo, Francisco Antunes Maciel Müssnich.
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